As relações entre a Superdotação e as Dificuldades (ou distúrbios) de Aprendizagem (DA) dizem respeito a um mesmo procedimento escolar: a educação especial. Tanto para o primeiro, quanto para o segundo, a escola deve ser revista em sua prática, em seus métodos avaliativos e, sobretudo, no que diz respeito à didática e à metodologia de ensino. Para esses públicos específicos será necessário um olhar inclusivo de fato.
Não devemos tratar as necessidades de educação especial como se fossem problemas insolúveis, mas antes disso, como desafios que fazem parte do próprio processo da aprendizagem. Também parece ser consensual a necessidade imperiosa de se identificar e prevenir o mais precocemente possível tais necessidades, de preferência ainda na pré-escola.
Temos como um conceito bastante comum de criança superdotada aquela que, identificada por profissional competente, tem seu desempenho elevado. Por isso, necessita de cuidados educacionais especiais em vista do pleno desenvolvimento de seus talentos.
A questão da Superdotação nas crianças em fase escolar é sempre um desafio institucional, haja vista que a escola, na maioria das vezes não está pronta para receber um aluno acima da média. O que observa num bom número de casos é a indisciplina como a válvula de escape mais comum.
Em referência às dificuldades na aprendizagem é muito importante a avaliação global da criança ou adolescente, considerando as diversas possibilidades de alterações que resultam em tais dificuldades ou distúrbios, para que o acompanhamento seja o mais específico e objetivo possível.
Uma das mais comuns no conjunto das dificuldades na aprendizagem é a chamada dislexia. Relacionado ao desenvolvimento da leitura e/ou de aspectos matemáticos, tal transtorno compromete fortemente o desenvolvimento escolar da criança, pois interfere na compreensão e apreensão dos saberes. O nosso modelo de escola é por excelência lógico-matemático e lingüístico, e, aquele que traz a mais leve dificuldade nessas áreas vê-se profundamente bloqueado em seu desenvolvimento acadêmico.
Em quaisquer dos casos, tanto por aceleração ou por lentidão, a criança tende a desenvolver depressões, transtornos associados à hiperatividade e déficit de atenção. Cabe a escola ser um lugar de acolhida e inclusão efetiva, na qual a criança se sinta segura e capaz de desenvolver-se segundo suas especificidades. Assim teremos um olhar diferenciado para a prática escolar. Cabe ao docente perceber cada traço que mais caracterize seu aluno.
O que se reflete nesse contexto é justamente o modo de fazer valer esse ideário inclusivista na rede pública escolar. Somos questionados acerca do como dar acesso àqueles que estão à margem. Como garantir a todos a qualidade no ensino diante da estrutura educacional que dispomos? A escola pública precisa ser repensada se quiser ser efetiva e eficiente na perspectiva da inclusão.
Para aprofundar-se:
PAPALIA, Diane E; OLDS, Sally W. Desenvolvimento Humano. Ed. Artmed, Porto Alegre, 2000.
KIRK, Samuel A; GALLAGHER, James J. Educação da criança excepcional. Ed. Martins Fontes, São Paulo, 2000.
BALLONE, GJ. Dificuldades de Aprendizagem, in. PsiqWeb, Internet, disponível em http://www.psiqweb.med.br/, revisto em 2005, acesso em 09/06/07.
Não devemos tratar as necessidades de educação especial como se fossem problemas insolúveis, mas antes disso, como desafios que fazem parte do próprio processo da aprendizagem. Também parece ser consensual a necessidade imperiosa de se identificar e prevenir o mais precocemente possível tais necessidades, de preferência ainda na pré-escola.
Temos como um conceito bastante comum de criança superdotada aquela que, identificada por profissional competente, tem seu desempenho elevado. Por isso, necessita de cuidados educacionais especiais em vista do pleno desenvolvimento de seus talentos.
A questão da Superdotação nas crianças em fase escolar é sempre um desafio institucional, haja vista que a escola, na maioria das vezes não está pronta para receber um aluno acima da média. O que observa num bom número de casos é a indisciplina como a válvula de escape mais comum.
Em referência às dificuldades na aprendizagem é muito importante a avaliação global da criança ou adolescente, considerando as diversas possibilidades de alterações que resultam em tais dificuldades ou distúrbios, para que o acompanhamento seja o mais específico e objetivo possível.
Uma das mais comuns no conjunto das dificuldades na aprendizagem é a chamada dislexia. Relacionado ao desenvolvimento da leitura e/ou de aspectos matemáticos, tal transtorno compromete fortemente o desenvolvimento escolar da criança, pois interfere na compreensão e apreensão dos saberes. O nosso modelo de escola é por excelência lógico-matemático e lingüístico, e, aquele que traz a mais leve dificuldade nessas áreas vê-se profundamente bloqueado em seu desenvolvimento acadêmico.
Em quaisquer dos casos, tanto por aceleração ou por lentidão, a criança tende a desenvolver depressões, transtornos associados à hiperatividade e déficit de atenção. Cabe a escola ser um lugar de acolhida e inclusão efetiva, na qual a criança se sinta segura e capaz de desenvolver-se segundo suas especificidades. Assim teremos um olhar diferenciado para a prática escolar. Cabe ao docente perceber cada traço que mais caracterize seu aluno.
O que se reflete nesse contexto é justamente o modo de fazer valer esse ideário inclusivista na rede pública escolar. Somos questionados acerca do como dar acesso àqueles que estão à margem. Como garantir a todos a qualidade no ensino diante da estrutura educacional que dispomos? A escola pública precisa ser repensada se quiser ser efetiva e eficiente na perspectiva da inclusão.
Para aprofundar-se:
PAPALIA, Diane E; OLDS, Sally W. Desenvolvimento Humano. Ed. Artmed, Porto Alegre, 2000.
KIRK, Samuel A; GALLAGHER, James J. Educação da criança excepcional. Ed. Martins Fontes, São Paulo, 2000.
BALLONE, GJ. Dificuldades de Aprendizagem, in. PsiqWeb, Internet, disponível em http://www.psiqweb.med.br/, revisto em 2005, acesso em 09/06/07.
Tenho um filho de quatro anos e, já consigo perceber como ele tem dificuldade de assimilar. É lento e, parece nunca entender o que estamos perguntando. Costuma apenas repetir o que perguntamos e não responder. O QUE EU FAÇO.
ResponderExcluirMeu caro
ResponderExcluirO primeiro passo você já deu: observar seu filho, estar com ele, amá-lo.
Outros passos podem ser dados ainda, mas ressalto que cada criança tem mesmo um tempo diferente. Como a distância entre nós impede um contato contigo e com seu filho, fica difícil precisar os caminhos. Mas o indicativo de ajuda profissional (psicólogo/fonoaudiólogo) já posso apontar. Com essa ajuda você terá precisão num eventual diagnóstico.
No paralelo, estimule muito as respostas de seu filho, comemore com ele quando ele responder (por menor que seja a resposta). Abaixe-se, olhe-o nos olhos e converse com ele, construa frases que exijam respostas mais elaboradas e não somente sim ou não.
Nas conversas de família, traga-o para a participação, peça comentários. Evite que ele se afaste, não participe, esteja só.
No parque, no zoológico, nos passeios brinque com os nomes das coisas. Cuidado: lembre-se que é ele quem deve dar as respostas. Início parecerá difícil esperar, aos poucos ele vai estabelecendo uma maior necessidade de comunicação.
Se ele estiver na escola, pesquise juntos aos professores e funcionários como ele se comporta nas situações de comunicação em grupo, pois como a escola é um lugar no qual predominam as atividades coletivas, certamente ele precisará desenvolver recursos para comunicar-se e assim sanar suas necessidades nesse espaço. Se ele ainda não estiver na escola, talvez esse seja também um caminho para ajudá-lo. A escola oportuniza relacionamentos sociais e por isso, necessidade de comunicação eficiente.
No mais, sejam felizes, amem-se e tudo dará certo.
Grande abraço.
Paulo Henrique Aquino
Pedagogo
Reg. MEC 1477188
Olá tenho um filho de 09 anos,que tem disgrafia,foram feitas várias avaliações e foi descoberto que ele é superdotado,mas tem uma disfunção da motricidade fina.Como posso ajudá-lo?Na escola suas notas são descontadas pela letra mal feita,respostas certas,mas letra feia.
ResponderExcluirSerá importante agora acompanhar a evolução de seu filho nos aspectos da escrita; cultivar o zelo pela composição dos textos e tratar essa letra feia como algo ser superado com leveza. Em alguns casos a criança poderá ter sua auto-estima comprometida, se o processo de ajuste na escrita for penoso ou com uma cobrança excessiva
ResponderExcluirA parceria com a escola é central para a resolução dessa dificuldade. Conversas mais constantes com a equipe pedagógica será uma maneira de dar e receber informações preciosas sobre como - escola e família - ajudarão seu filho a superar essa dificuldade.
Ainda para "acelerar" o processo de ajuda ao seu filho você poderia buscar ajuda de um psicopedagogo para um acompanhamento mais focado.
Agora, a regra de ouro para ajudá-lo a superar essa e todas as outras dificuldades da vida, será amá-lo com palavras e gestos concretos.
Grande abraço e sucesso para você e seu filho.
Paulo Henrique Aquino
Pedagogo
Reg. MEC 1477188
Minha filha tem 09 anos e esta na 4ª serie( 5ºano)e esta mto mal na escola, ela nunca foi boa aluna mas esse ano esta mto ruim, conversei com as professoras e fiqui mais desanimada ainda, disseram que ela dispersa e nao consegue se concentrar, nao entende o que explicam e que é imatura para a serie que frequenta. Ela faz tratamento com psicologa, fono, aula de reforço.Não sei como ajuda-la mais, nao sei se tem algum problema neurologico. Como posso ajuda-la?
ResponderExcluirPercebo que você já deu passos importantes para ajudar sua filha. Como não conheço o caso de sua filha, posso afirmar inicialmente que certamente os profissionais que a estão acompanhando terão, em breve, uma resposta às suas perguntas. Eles trarão também os caminhos para tornar a ajuda mais eficiente, além de definir os processos terapeuticos que melhor se enquadrarão no caso de sua filha.
ResponderExcluirNesse tempo de espera por um diagnóstico mais preciso, a regra é observação constante, presença mais intensiva na escola e troca de informações entre professores, profissionais especialistas e família. Na maioria dos casos, a integração desses aspectos oportuniza grande sucesso.
Como pais e mães a ansiedade é sempre uma constante, não? Porém, tranquilidade e muita informação são companheiros importantíssimos nesse período de desenvolvimento dos nossos filhos.
Grande abraço.
Paulo Henrique Aquino
Pedagogo
Reg. MEC 1477188
pauloaquino11@yahoo.com.br
Boa noite,gostaria de saber se tem diferença no aprendisado entre três crianças que estudam juntas na mesma série,só que a diferença de idade delas é de 8 a 10 meses de uma para outra.Uma ja fez 7 anos 29 de julho, a outra vai fazer 7 anos agora dia 7 de setembro,e a mais novinha fez 6 anos 12 de maio .
ResponderExcluirObrigada
sandra
Prezada Sandra
ResponderExcluirNão dá pra falar em diferença no aprendizado a partir de idades tão próximas. As crianças aprendem cada uma em seu próprio rítmo.
A diferença de meses pode ser sentida na maturidade das crianças, não necessariamente na aprendizagem, entende? Lembro-me de algumas crianças que acompanhei na escola... umas mais maduras, outras menos. Umas mais atentas e interessadas, outras mais infantins, mais presas às brincadeiras do que aos estudos.
O fato é que no transcorrer do desenvolvimento de cada criança elas vão despertando e aprendendo, vão amadurecendo e se sentindo mais provocadas a aprender.
No mais, vale sempre o conselho: acompanhamento, estímulo e amor.
Assim, as crianças aprendem e crescem, cada uma a seu tempo.
Grande abraço.
Paulo Henrique Aquino
Pedagogo
Reg. MEC 1477188
MInha filha tem 7 anos completados em junho. Lê escreve desde os quatro, tem um vasto repertório linguistico e grande facilidade na área de música. A escola "barra" sua criatividade e facilidade com as coisas, tornando minha filha "o problema"; ela passa por psicologa desde os 5 anos, pois ela tem ansiedade dos amigos aprenderem iguais a ela; tenho tentado auxílio de profissionais e agora da prefeitura da minha cidade. Onde posso encontrar mais ajuda para essas "altas habilidades"? Não sei mais como ajudá-la, ela se recusa a ir pra escola e o seu estado emocional vem ocasionando sucessivas crises de asma.
ResponderExcluirMEU FILHO TEM 5 ANOS E FOI DIAGNOSTICADO TER D.A (APRENDIZADO LENTO )O MAIS DIFÍCIL PARA NÓS PAIS É QUE ELE AINDA NÃO FALA, ELE SE IRRITA MUITO FACIL GOSTA DE BRINCAR SOZINHO E PERCEBO QUE ELE E MUITO CARENTE, NOS TENTAMOS NOS APROXIMAR MAS ELE NÃO QUER
ResponderExcluirPor sua descrição daria pra dizer algumas coisas, mas em vista da distância...
ResponderExcluirSugiro uma avaliação mais detalhada. Seu filho ainda não fala e já tem 5 anos. Isso de fato, foge daquilo que é comum no desenvolvimento das crianças. Parece-me importante a busca por profissionais tais como neuropediatra e fonoaudiologia e, a partir da fala desses primeiros, um caminho que oriente a escola e família para lidar com essa especificidade.
No mais, o conselho de sempre: muito amor e carinho.
Forte abraço.
Paulo Henrique
Pedagogo.
Tenho um filho que esta no terceiro ano, antiga segunda série, vai fazer já nove anos.
ResponderExcluirTenho recebido reclamações desde o ano passado por ele não prestar atenção em aula , nas provas as notas são excelentes mas descontam pontos dele pela distração em aula, estuda em colégio particular, levei-o ao psicólogo, mas o profissional disse que ele não tinha Deficit de atenção que pelo contrario ele tem QI alto, mas a dificuldade maior é na escrita ele erra muito e é muito lento como devo ajuda-lo!!!